Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, dia 08 de março, representantes do Comdim – Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, se reuniram com o prefeito Célio de Oliveira na última quinta-feira, 05, para solicitar o apoio da Prefeitura na implantação do Centro de Referência de Atendimento da Mulher em Situação de Violência no município de Penápolis.
Segundo explicou a presidente do Comdim, Rita de Cássia Vieira Borges, os Centros de Referência fazem o acolhimento das mulheres que são vítimas de violência doméstica e familiar, com acompanhamento psicológico e social, além de orientação jurídica às mulheres em situação de violência.
Além da implantação do Centro de Referência da Mulher, o Conselho solicitou ainda ao prefeito Célio de Oliveira a criação de uma Secretaria Municipal específica para as mulheres penapolenses, que seria responsável pela elaboração e execução de Políticas Públicas na Perspectiva de Gênero (para as mulheres).
“Infelizmente ainda vivemos em uma sociedade machista em que muitos acreditam que a mulher deve ser submissa ao homem, e por isso, sofre diversos tipos de discriminação e violência. Precisamos mudar esse conceito e fazer valer os direitos da mulher. Sendo assim, o a implantação do Centro de Referência de Atendimento da Mulher em Situação de Violência prestará serviço de acompanhamento dos casos de violação dos direitos”, esclareceu a presidente do Comdim, Rita de Cássia.
Diante da realidade apresentada ao prefeito Célio de Oliveira, com a exposição dos índices de violência contra a mulher, o prefeito se mostrou bastante sensibilizado e garantiu seu empenho para a implantação do Centro de Referência da Mulher em Penápolis o quanto antes.
Para tanto, o prefeito Célio de Oliveira designou alguns membros de sua equipe para fazer uma visita ao Centro de Referência da Mulher de Araçatuba, junto com as representantes do Comdim de Penápolis, a fim de conhecer o funcionamento deste local e os procedimentos para a implantação de um Centro de Referência da Mulher em Penápolis. A visita está agendada para a próxima quinta-feira, dia 12 de março.
Notificação
Outra solicitação do Comdim ao prefeito Célio de Oliveira foi no sentido de instituir em toda a rede de atendimento uma ficha de notificação compulsória dos casos de violência contra a mulher. De acordo com a presidente do Comdim, Rita de Cássia, essa notificação foi instituída por lei federal, mas é restrita apenas aos serviços de saúde. “Nosso intuito é tornar essa notificação extensiva para todos os segmentos, a exemplo da educação, assistência social. Dessa forma, a notificação se torna um importante instrumento de combate à violência, permitindo conhecer o perfil das vítimas e dos agressores; dimensionar a demanda por atendimento de urgência; revelar a violência doméstica, muitas vezes silenciada; promover a saúde e proteger as vítimas”, esclarece.
Secom – PMP
Conheça as formas de violência contra a mulher:
Violência física: é entendida como qualquer ação que ofenda a integridade ou saúde corporal, ou seja, qualquer ação que cause dano ou lesão. Ex: tapas, chutes, puxões de cabelo, mordidas, tiros, facadas, empurrões.
Violência psicológica: deixa marcas profundas no emocional das vítimas. É considerada como violência psicológica qualquer canduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima, que perturbe seu desenvolvimento ou que vise controlar suas ações. Ameaças, perseguições, humilhação, isolamento, chantagem são alguns exemplos de violência psicológica.
Violência sexual: o estupro é a violência sexual mais conhecida, porém, existem outras ações que, por vezes, nem consideramos violência, tal como: qualquer prática sexual contra a vontade da mulher é considerada violência sexual, mesmo no casamento.
Violência patrimonial: toda vez que o agressor esconde algum documento, objeto, ou mesmo quebra algo que seja de posse da vítima, ou ainda quando nega recursos para satisfazer as necessidades dela, ele está cometendo violência patrimonial.
Violência moral: é entendida como toda conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Calúnia é quando lhe acusam de algum crime que não tenha cometido; difamação é quando lhe atribuem algum fato ofensivo à sua reputação e injúria é a ofensa, o xingamento.
Onde procurar ajuda:
Denuncie: Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
- Pronto Socorro Municipal: Av. Santa casa, nº566 – (18)3652-5328
- Macro I (Mutirão): R. Euclides Garcia do Nacimento, n° 546 – (18)3652-7505
- Macro II (Centro): R. Exp. Diogo Garcia Martins, nº99 – (18)3652-1448
- Macro III (Jardim Shangrilá): R. Carlos Casela, nº822 – (18)3652-5504
- Macro IV (Planalto): Av. Santa casa, nº2009 – (18)3653-2790/3653-2579
- Delegacia da Mulher: R. Altino Vaz de Mello, nº122 – (18)3652-1951
- Ministério Público: R. Ramalho Franco, nº 590, centro – (18)3652-0563
- CRAS (Centro de Referência da Assistência Social): R. Manoel Foz, nº515- Vila Aparecida – (18)3653-4893
- CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social): R. Dr. Mário Sabino, nº377 – centro – (18)3653-2579
Secom – PMP
