Devido a epidemia de dengue que acomete o município de Penápolis e região, todos devem redobrar os cuidados para não contrair a doença, principalmente os idosos, que sofrem mais com os efeitos da dengue e tem maior risco de morte do que a população em geral. Em Penápolis, dos seis óbitos registrados pela doença, cinco são idosos acima dos 60 anos e um apresentava doença crônica.
De acordo com o médico infectologista da Secretaria de Saúde, Samir Subhi Salous, isso acontece porque a população idosa já possui a imunidade (defesa do organismo) enfraquecida em relação aos jovens e adultos.
“Então, ao contrair uma infecção, como a dengue, ela tende a se manifestar de forma mais grave”, esclarece.
Além da imunidade baixa, os idosos normalmente possuem outras doenças crônicas associadas, que diminuem ainda mais a defesa do organismo. “A incidência de doenças crônicas também é maior na população idosa, como por exemplo, diabetes, hipertensão, doenças pulmonares, hepatites, reumatismos, cardiopatia. E essas doenças e seus tratamentos medicamentosos também tendem a diminuir a defesa do organismo”, completou o doutor Samir Salous.
“Todos esses fatores fazem dos pacientes idosos o público com maior risco diante da infecção pela dengue, que pode levar a óbito”, alertou o médico infectologista.
Reincidência
Outro fator agravante é a reincidência da dengue na mesma pessoa. Segundo explicou o médico Samir Salous, a manifestação da dengue na região existe há pelo menos 20 anos; e de uma forma geral, as pessoas já foram contaminadas com o vírus da dengue, mesmo não apresentando os sintomas.
“Portanto, nesta epidemia, os pacientes, em especial os idosos, adquirindo a dengue pela segunda ou terceira vez, tendem a desenvolver um quadro mais grave da doença”, acrescentou.
Demora
O médico infectologista ressalta ainda a resistência da população idosa em procurar atendimento médico. “Os idosos tendem a procurar uma unidade de saúde de forma tardia e isso complica no caso da dengue, pois quando eles procuram atendimento médico, o grau de desidratação já está bem avançado”, comentou.
“Por isso é extremamente importante que os familiares fiquem atentos e levem os idosos para atendimento médico ao aparecerem os primeiros sintomas da doença”, alertou o doutor Samir.
Além dos idosos, existem outros grupos de risco de agravante com a dengue, tais como: crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas (diabetes, hipertensão, doenças reumatológicas, doenças pulmonares, cardiopatia, doenças hepáticas).
Secom – PMP