Passando por uma reestruturação, devido a cortes no envio de recursos para a manutenção dos programas de qualificação profissional, o Fundo Social de Solidariedade de Penápolis reorganiza seus cursos para atendimento à comunidade.
Dos três projetos conquistados junto ao Fussesp (Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo), apenas o da Escola da Moda (curso de corte e costura) está em andamento neste semestre. O mesmo está sendo custeado integralmente pelo Fundo Social local.
A Escola da Beleza, com o curso de maquiagem, e o projeto Escola da Construção Civil, para assentador de pisos, encanador e pedreiro foram suspensos temporariamente pelo Fussesp.
Pela parceria estabelecida entre os Fundos Sociais, qualquer pessoa, independentemente da escolaridade e em condição de vulnerabilidade social tem condições de participar dos cursos, como alternativa de aumento da renda familiar.
Pensando justamente nesse suporte, é a que presidente do Fundo Social de Penápolis, Virtudes Martins Fonseca, a Tudinha , decidiu manter com recursos próprios a Escola da Moda. São 20 alunas participando do curso, durante seis meses, cuja conclusão com certificação ocorrerá no próximo mês de dezembro.
Recurso próprio
De acordo com Tudinha Fonseca, o Fundo Social resolveu bancar este programa devido a praticidade e o baixo custo de investimento, pensando nas dificuldades de se arcar com sua realização, utilizando-se para isso recursos do próprio Fundo.
“Nós não temos dotação própria, como o recebimento de subvenções sociais, por exemplo. Para atendimento à população realizamos diversas promoções e eventos beneficentes e também solicitamos ajuda de amigos e parceiros. Assim foi possível dar continuidade apenas a um dos programas”, explicou ela.
Para promover a Escola da Moda, o Fundo Social custeia todo o material e a Prefeitura colabora oferecendo a instrutora, que é a professora Aparecida Sueli Nascimento. O curso é gratuito e apostilado. As alunas aprendem por módulos o corte, costura e modelagens. Divididas em quatro turmas, as aulas acontecem em dois período, manhã e tarde, de segunda à quinta-feira, nas dependências do Fundo Social, localizado à rua Nain Eid, 51, Jardim Ipê.
O projeto Escola Polo Regional da Construção Civil formou seis turmas, beneficiando 270 pessoas. Além da capacitação profissional, o Fussesp mantinha professor, material e concedia bolsa no valor de R$ 420 por aluno. Por ser polo, o programa atendia também participantes de Alto Alegre, Barbosa, Avanhandava, Luiziânia e Coroados.
Novidades
Tudinha disse que pretende se reunir em breve com a presidente do Fussesp, Lú Alckmin, para verificar a programação do Fundo Estadual em 2017. Penápolis quer retomar os programas que foram suspensos, uma vez que tiveram grande resultado quanto a garantir subsistência para famílias carentes.
Além da Escola da Moda, se não houver parceria para o projeto da Escola da Beleza, Tudinha pensa em assumir também este curso a partir do próximo ano, caso ela continue à frente do Fundo Social no novo governo do prefeito reeleito Célio de Oliveira.
A presidente da entidade pretende dar continuidade, uma vez que é grande a procura de interessadas, sendo o público formado basicamente por pessoas carentes, que não tem renda para pagar mensalidades.
De acordo com Tudinha, ela espera definições com a Secretaria de Assistência Social e CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) para novos cursos em parcerias, entre eles o de panificação, cuidador de idosos e garçom, para viabilizar o atendimento do público alvo e que espera por novas opções de qualificação e renda.
Recentemente o Fundo Social se transformou num espaço de formação e qualificação profissional, para tirar as pessoas da dependência do assistencialismo dos programas sociais.
Secom – PMP
