Ferimentos causados por objetos cortantes são uma realidade na rotina dos servidores que trabalham na coleta de lixo da cidade. Mesmo com campanhas de conscientização direcionadas à população, tem sido muito grande a incidência de cacos de vidro e outros materiais cortantes e perfurantes colocados no lixo sem a devida proteção adequada. Por esta razão, o Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) alerta para que a população embale corretamente esses objetos.
Segundo o diretor presidente do Daep, o engenheiro Edson Bilche Girotto, “Batata”, diariamente são coletadas 36 toneladas de lixo doméstico em Penápolis.
“Durante a coleta temos observado um aumento nos casos de acidentes de trabalho, causados por cacos de vidro, latas e espetos. Estes acidentes prejudicam o serviço de coleta de lixo, pois o servidor pode ficar afastado do trabalho por diversos dias em virtude do ferimento”, afirmou Batata.
“É preciso evitar estes acidentes, e para isso contamos com a colaboração da população”, alertou.
Testemunho
O servidor Natalino Marques da Silva, coletor de lixo desde 1995, é um dos profissionais que já sofreu ferimentos com objetos cortantes.
“Em fevereiro de 2015, ao recolher uma sacola de lixo onde estavam vários raios de bicicleta cortados, um dos raios perfurou minha mão esquerda, me afastando por 05 dias do serviço”, conta o coletor.
“A maior preocupação de um coletor de lixo é sofrer um corte grande, principalmente em locais com maior circulação de sangue, que possam gerar grandes hemorragias”, afirmou o servidor.
Outra preocupação é com a contaminação que pode ocorrer devido aos cortes, uma vez que a população coloca materiais cortantes junto com vários tipos de lixo, como restos de comida, papel higiênico e fezes de animais.
Segundo o coletor, ainda é grande o número de pessoas que colocam cacos de vidro, espetinhos de bambu, agulhas de injeção e até recortes de folhas de metal (utilizados em calhas de chuva) no lixo sem a devida proteção.
Como descartar
Para não expor os coletores de lixo a estes riscos, o Daep orienta sobre qual a melhor forma de acondicionar esses materiais cortantes. Principalmente neste período de fim de ano, os cuidados devem ser redobrados.
Cacos de vidro, latas, espetos podem ser armazenados em garrafas PET, caixinhas de leite ou embrulhados com jornal ou papelão e, assim, descartados normalmente no lixo doméstico ou reciclável.
Materiais de medicamentos, seringas, lâminas, devem ser levados ao posto de saúde mais próximo para que seja feita a coleta e o descarte apropriado, não oferecendo riscos ao usuário, trabalhador ou meio ambiente.
Secom – PMP
