Nomeado desde o dia 03 de janeiro para a Secretaria de Cultura, o publicitário, jornalista e cineasta Lucas Casella fez um balanço sobre a realidade que encontrou na pasta. Segundo o secretário, os restos a pagar do ano passado superam a previsão de orçamento de 2017, destinado a investimentos.
“A Cultura sempre teve orçamento enxuto e, mesmo assim, Penápolis é referência em muitas modalidades artísticas na região, como teatro, dança, cinema, literatura e artes plásticas. Precisamos agora, neste momento financeiro delicado, usar a criatividade e as parcerias com a iniciativa privada para manter o fomento e a formação cultural, marcas de nossa gestão”, disse Casella.
Inversão
A cidade, por motivos históricos, sempre incumbiu à Secretaria de Cultura a realização de eventos. Segundo Casella, isso acaba sendo uma inversão de valores, responsabilidade e prioridades. Para ele, grandes eventos precisam ser feitos em conjunto com outras pastas, como Esportes, Assistência Social e Educação.
“Assim como a Secretaria de Educação tem a missão de educar, a Cultura tem a missão de desenvolver aptidões artísticas nas pessoas. Nosso objetivo é formar artistas, mostrando os múltiplos caminhos da arte, para que se tornem cidadãos críticos e conscientes. A festa, o evento, a apresentação devem ser o produto final deste processo, quando se apresenta o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Cultura”, argumentou.
Parcerias
Por ser uma das poucas pastas que a princípio, não recebe recursos de outras esferas, o secretário vem conversando com empresários e comerciantes da cidade para implantar o projeto “Cultura! Viva!”, cujo objetivo é trazer a iniciativa privada mais próxima de ações culturais, financiando demandas como aulas de música, teatro e apresentações.
“Os contratados estão com seus pagamentos atrasados, mas temos que continuar a fazer formação. A iniciativa privada pode, neste momento crítico, ajudar na continuidade da formação de nossos artistas, tendo como principal contrapartida seres humanos melhores”, explanou.
Projetos
Em consonância com artistas e membros do Conselho Municipal de Cultura, Lucas Casella está ponderando os possíveis projetos que serão viáveis nesta gestão. Cogita-se a volta dos saraus, oficinas, festivais musicais e a Praça das Artes, evento mensal na Praça 09 de Julho com música, arte, museus e ajuda a entidades.
“Já estamos planejando um senso cultural para diagnosticar as preferências dos penapolenses. Precisaremos de patrocinadores para tirar as ideias do papel. O prefeito Rubinho Bertolini quer projetos constantes, pois sabe da importância da cultura na criatividade e na vida da população”, afirmou.
Mudanças
Algumas mudanças já foram feitas na Cultura, com o objetivo de economizar dinheiro público. O pagamento de horas extras foi revisto, assim como a necessidade de um escalonamento de serviços sem perder a qualidade. Os aluguéis que eram pagos também estão sendo estudados para serem absorvidos em próprios públicos.
“Com o fechamento do Cine Lúmine, Penápolis perde um importante espaço de arte e cultura, mas precisamos ampliar as parcerias com entidades culturais, como Sesi, Sesc, Circuito Cultural, MIS (Museu da Imagem e Som), entre outros, além de mobilizar a sociedade em torno da entrega do nosso Teatro Municipal”, concluiu Casella.
Secom – PMP