Recentemente o viveiro de mudas do Consórcio Intermunicipal do Ribeirão Lajeado, localizado na Central de Resíduos Sólidos de Penápolis, passou por mudanças no sistema de irrigação, o que tem trazido diversos benefícios. A rega, que antes ocorria manualmente, com o uso de mangueira, agora é feita por nebulização.
Uma das maiores vantagens, segundo apontou o coordenador do consórcio, José Raphael Caputo, o “Carioca”, é a economia de água. “Através do uso de mangueiras os funcionários ficavam por horas efetuando a rega das mudas, Já com a nebulização pudemos observar uma diminuição de 50% no consumo de água”, revelou ele.
“Sem contar que agora os funcionários não precisam mais comparecer aos sábados e domingos para fazer a irrigação”, disse.
Para o auxiliar de serviços gerais, João Antônio do Nascimento, que trabalha diretamente no cultivo das mudas, a nebulização traz muitos outros benefícios. “É excelente para as plantas. Esse sistema age como se fosse a chuva, goteja nas folhas e melhora o crescimento das mudas. Acaba sendo um desenvolvimento muito mais rápido”, destacou João.
“Em apenas 4 ou 5 meses, em média, conseguimos que as mudas atinjam uma altura de 80 a 90 centímetros, que é o tamanho necessário para plantá-las no campo”, acrescentou o servidor.
Ele ainda ressaltou que no viveiro do consórcio usa-se adubo natural, oriundo das sobras de podas feitas na cidade. “Nesse trabalho de reaproveitamento das sobras, é feita a trituração dos galhos. Depois aguardamos a decomposição em sistema de leiras, feitas no recinto da Central de Resíduos Sólidos, por pelo menos 1 ano. Daí peneiramos e adicionamos o substrato e a torta de filtro”, explicou ele.
Atualmente o viveiro do consórcio produz cerca de 1 mil mudas por mês, com reduzida perda. “Perdemos no máximo 1% das mudas que plantamos. Nossas mudas têm excelente qualidade”, orgulhou-se o auxiliar de serviços gerais.
Reflorestamento
Conforme explicações do coordenador do Consórcio, Carioca, as mudas produzidas pelo viveiro são para uso próprio da instituição no trabalho de preservação do ribeirão Lajeado, ou para cessão a proprietários rurais que desejam fazer o reflorestamento na bacia do Lajeado.
Ele ressaltou que a manutenção do viveiro garante a perda mínima de mudas. Segundo ele, quando a muda chega em tubetes (recipiente pequeno, em forma de tubo) é ainda muito pequena, e mais vulnerável a formigas e outros animais, por exemplo. “Quando se planta a muda tão pequenina há muitas perdas. Já com a existência do viveiro elas passam por um período de tempo maior, crescendo e ficando mais resistente”, revelou.
Ele disse ainda que ao chegarem em tubetes, as plantas são transferidas para pequenos balaios, com espaço para desenvolvimento. “Essas árvores recebem irrigação com freqüência e chegam a um tamanho de 80 a 90 centímetros, ou às vezes até 1 metro, como já ocorreu, num prazo médio de 5 meses. Depois é que são levadas para as propriedades da bacia do Lajeado”, contou.
O coordenador enfatizou que a entidade possui uma parceria com a ONG SOS Mata Atlântica, que fornece os tubetes com as mudas para reflorestamento. “No decorrer de 2018 já utilizamos cerca de 12.600 mudas, de um total de 54 mil constantes da nossa parceria”, falou Carioca.
Secom – PMP
