Nesta semana, Penápolis recebeu o certificado de eliminação da hanseníase, concedido pelo Ministério da Saúde. A certificação se deve ao trabalho contínuo de diagnóstico e tratamento realizado pela saúde municipal. Há um ano a cidade não registra um caso da doença.
Para receber esse certificado, o secretário municipal de Saúde de Penápolis, Alex Marques Cruz, esteve participando de um evento no último dia 17 em São Paulo, organizado pela Secretaria de Estado da Saúde. Alex esteve acompanhado da coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado – SAE DST/HIV/Aids,Terezinha Rodrigues. A referida unidade também é a responsável por realizar as ações de controle, combate e tratamento da doença.
Os representantes de Penápolis receberam o certificado das mãos da coordenadora do Programa de Controle da Hanseníase, Mary Lise Marzliak, e da interlocutora do SVE (Serviço de Vigilância Epidemiológica), Ivete Cintra.
Segundo o secretário de Saúde de Penápolis, a meta proposta pelo Ministério da Saúde é a eliminação da doença até 2018, entretanto Penápolis atingiu a meta antecipadamente.
“Conseguimos alcançar esse objetivo em dezembro de 2014. Nosso município obteve a nota máxima no desempenho dos indicadores de avaliação da endemia hansênica”, destacou Alex.
“Essa é uma importante conquista para a saúde pública do município”, completou satisfeito o secretário de Saúde.
Ele explicou que todos os casos que por ventura são diagnosticados na cidade são acompanhados constantemente pelo Serviço de Atendimento Especializado DST/Aids.
“Todos os casos positivos são monitorados de perto pela equipe do SAE e pela médica infectologista Girlane Sansoni. As equipes das unidades de saúde, além dos agentes que convivem mais perto da população, também se empenham em encaminhar os pacientes para o diagnóstico precoce”, comentou, elogiando o empenho dos servidores da área.
“Essa certificação é resultado da dedicação de toda a equipe de saúde do município, e estamos muito felizes por isso”, comemora Alex Cruz.
Conheça a hanseníase:
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causa pela bactéria Mycobacterium leprae. A doença atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas.
A doença é curável, mas deve ser diagnosticada precocemente e tratada de forma correta e contínua, com medicamentos fornecidos pela rede pública de saúde. Os principais sintomas são:
- Manchas na pele esbranquiçadas ou avermelhadas com diminuição da sensibilidade;
- Manchas dormentes, que não doem, não coçam e não incomodam e por isso muitas vezes passam despercebidas, principalmente se localizadas nas costas e nádegas;
- Diminuição da sensibilidade ou formigamento de extremidades de mãos, pés ou olhos. Por não sentir dor, o paciente pode se ferir ou se queimar, e desenvolver complicações como úlceras e infecções locais;
- Diminuição ou perda de força muscular em mãos pés e pálpebras, levando a queda de objetos das mãos, andar arrastado, dificuldade em fechar as pálpebras que leva ao ressecamento dos olhos.
Ao aparecimento de quaisquer desses sintomas, é preciso procuram a unidade básica de saúde mais próxima para o diagnóstico e tratamento.
Secom – PMP
