Projeto aborda o trabalho de recuperação e preservação realizado pelo Consórcio Intermunicipal Ribeirão Lajeado
O Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) é finalista da 8ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. O projeto “A Importância do Planejamento para a Preservação dos Recursos Hídricos” foi divulgado como finalista nesta terça-feira, dia 25, pela Fundação.
O projeto penapolense concorre com outros dois, um de Caxias do Sul (RS) e outro de São Paulo (SP), na categoria Gestores Públicos. Os vencedores serão conhecidos no dia 29 de outubro em um evento a ser realizado em Brasília (DF). A iniciativa vencedora receberá um prêmio no valor de R$ 50 mil e as outras duas finalistas, R$
25 mil.
De acordo com a diretora presidente do Daep, Sílvia Mayumi Shinkai de Oliveira, o projeto trata do trabalho realizado pelo Consórcio Intermunicipal Ribeirão Lajeado, com a recuperação e a preservação do único manancial de abastecimento de Penápolis.
“O planejamento de ações, com visão abrangente e de longo prazo, resultou na preservação do manancial, que até então estava destinado à extinção devido ao grande grau de degradação causada pelo cultivo da cana de açúcar. As plantações tomaram o lugar das matas ciliares, provocando a erosão e desaparecimento das áreas de baixadas nascentes”, explica ela.
Um estudo realizado em 1991 identificou que as áreas de matas naturais da bacia do Ribeirão Lajeado foram reduzidas em mais de 90%, cedendo lugar à agricultura (cana de açúcar) e à pecuária.
“Foram 20 anos de planejamento e ações na preservação da mata ciliar e demais serviços, que tiveram um resultado inquestionável. O nível de água no Ribeirão, mesmo em tempos de seca, abasteceu a cidade. Com o crescente aumento de registro de fontes e nascentes que secam e reservatórios que são completamente desabastecidos, Penápolis ficou ilesa”, destaca Sílvia.
“Essa premiação coroa todo esse trabalho contínuo de preservação do Ribeirão Lajeado que proporcionou a Penápolis uma situação de mais tranquilidade em relação ao abastecimento. Isso indica que estamos no caminho certo e que o CIRL deve prosseguir com esse projeto”, finaliza.
Secom – PMP
