Na semana passada a equipe do CEA (Centro de Educação Ambiental), juntamente com o engenheiro civil do Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis), Daniel Vitor de Sousa Souto, realizou uma atividade de integração entre os profissionais do serviço de tratamento de esgoto e da área da saúde do município. Ao todo 55 servidores estiveram conhecendo de perto o processo de tratamento dos esgotos da cidade.
Durante uma visita à ETE (Estação de Tratamento de Esgotos), funcionários da Secretaria Municipal de Saúde – Unidades Básicas de Saúde, Vigilância Epidemiológica, Macros de Saúde – e também o Conselho Municipal de Meio Ambiente e o Conselho Gestor de Saneamento do Daep, receberam explicações técnicas do engenheiro Daniel. O intuito foi repassar conhecimentos sobre a gestão do saneamento a fim de integrar as duas políticas públicas.
Segundo a pedagoga do Daep, Fernanda Campachi Marin, o Centro de Educação Ambiental lançou o projeto “Lixo é Lixo, Esgoto é Esgoto” em 2016, e esta ação junto aos profissionais da saúde visa complementar seu propósito.
“As atitudes diárias das pessoas no uso da rede de esgotos têm consequências à saúde e ao meio ambiente. O saneamento engloba um conjunto de medidas preventivas que impactam na saúde das pessoas e é de suma importância que todos tenham conhecimento do processo de tratamento de esgotos”, comentou ela
“Há pessoas que infelizmente contribuem para o entupimento das redes, despejando nela resíduos impróprios como fraldas descartáveis, roupas, óleo de cozinha, papel higiênico e muitos outras materiais que não de dissolvem e prejudicam a emissão dos dejetos. Com isso eventualmente ocorrem entupimento e transbordamento do esgoto em residências, podendo provocar doenças nos moradores”, acrescentou.
“Com apoio dos profissionais da saúde, que lidam diariamente com a população, é possível disseminar essas orientações de forma mais abrangente, eliminando possíveis dissabores com a volta do esgoto”, destacou a pedagoga.
Uso Correto
O presidente do Daep, Edson Bilche Girotto (Batata), enfatizou que ações como esta são de grande importância pois o saneamento está intimamente relacionado às condições de saúde da população.
“Mais do que simplesmente garantir acesso aos serviços é necessário promover medidas de educação para o uso correto da rede. Quando há entupimentos e extravasamentos, esse material insalubre pode ocasionar várias doenças, além de agredir o meio ambiente”, frisou ele.
Água da Chuva
Batata ainda destacou que existem em Penápolis cerca de mil imóveis que lançam águas pluviais nas redes coletoras de esgotos, aumentando drasticamente o volume de areia que chega às estações de tratamento.
“O assoreamento causado pela areia e pelo lodo reduz o volume útil das lagoas de tratamento e consequentemente o tempo de detenção do esgoto, necessário para o tratamento adequado”, observou.
“Nesse sentido também é importante orientar profissionais que atuam na área da saúde e tem contato direto com a população, para que as informações sejam reforçadas junto aos munícipes”, continuou.
“Por isso é sempre necessário pedir aos moradores que colaborem, não descartando objetos e nenhum outro resíduo dentro do esgoto. Esgoto é esgoto e lixo é lixo, como diz o nome do projeto. O esgoto é formado pela água utilizada nas atividades diárias, como lavagem da louça, das roupas, banhos e descargas”, lembrou o presidente.
“A integração dos setores é fundamental para a melhoria dos serviços garantia de qualidade de vida para os cidadãos”, concluiu ele.
Secom – PMP