Logo após as comemorações de Carnaval, os moradores do bairro Santa Terezinha deverão ficar atentos às ações de bloqueio contra a leishmaniose. A doença transmitida pelo mosquito palha vitimou um idoso de 89 anos morador da região. A região passará por uma operação denominada manejo ambiental, atendendo o que preconiza o Ministério da Saúde.
O procedimento padrão é que se faça o manejo em um raio de 400 metros ao redor de onde foi registrado o caso. Para evitar a proliferação do mosquito transmissor, é necessário eliminar toda a matéria orgânica do solo, incluindo folhas, frutos, fezes de animais. Matéria orgânica, umidade e sombra são características propícias à proliferação do mosquito palha.
Segundo o chefe do Serviço de Vigilância Epidemiológica, Vlademir Marangoni, diferentemente da dengue, o combate à leishmaniose é guiado pelos casos confirmados da doença e não dos suspeitos.
“O Ministério da Saúde preconiza que as ações devem ser realizadas após a confirmação em um raio de 400 metros ao redor do caso positivo e que a borrifação seja feita em um raio de 200 metros”, explica.
Orientações
A ação será realizada no bairro Santa Terezinha, em área delimitada pela rua Altino Vaz de Mello, avenida Álvaro Gomes, rua Anchieta até próximo ao Curtume Leão. Entre os dias 10 e 13, agentes de saneamento e agentes de saúde percorrerão a área orientando os moradores sobre o manejo ambiental, com a distribuição de filipetas. Também nestes dias, carros de som farão a divulgação das ações.
Até o dia 14, os moradores devem retirar de suas residências toda a matéria orgânica, como madeira, folhas, frutos, fezes de animais e podas de árvore e jardim. Esse material deve ser depositado junto à guia de sarjeta para facilitar a coleta das máquinas e não nas calçadas.
Nos dias 15 e 16, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços, o Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) e a Secretaria Municipal de Agricultura farão a coleta dos materiais descartados. Não haverá a distribuição de sacos de lixo.
“Pedimos a colaboração dos moradores em respeitar os prazos da coleta. Até o dia 14, é preciso eliminar todo esse material orgânico para que coleta seja feita nos dias 15 e 16. Depois deste prazo, o morador pode ser alvo de Fiscalização e multa pelo material depositado nas calçadas. Respeitando o prazo, teremos todo o bairro limpo sem nenhuma intercorrência”, enfatiza o chefe da Vigilância.
Borrifação
No dia 15, o Serviço de Vigilância Epidemiológica dará início à borrifação de casa a casa, em um raio de 200 metros ao redor do registro do caso positivo. “O serviço será feito por dois trios de servidores municipais, devidamente uniformizados e identificados. Neste caso, é necessário que o servidor entre na residência do morador e efetue a pulverização de toda casa“, explica Marangoni.
Antes da borrifação, os agentes de saneamento passarão em cada residência agendando o procedimento e orientando os moradores sobre os cuidados. Ainda segundo Marangoni, o inseticida utilizado no combate ao mosquito palha tem um efeito residual.
“O inseticida é aplicado nas paredes internas e externas e tem como objetivo eliminar o inseto adulto, diminuindo o risco de transmissão da doença. É importante que os moradores permitam a entrada dos servidores para a borrifação. O inseticida é seguro e necessário para a eliminação do mosquito palha”, conclui o chefe da Vigilância.
Secom – PMP
