v Meios de hospedagem
O Município dispõe de bons meios de hospedagem, inclusive um Hotel de Campo, localizado a 5 km da entrada da cidade, com total infra-estrutura para o lazer. Algumas propriedades rurais, localizadas às margens dos rios Bonito e Tietê, estão se estruturando para receber hóspedes. Quanto aos “ranchos”, a prática de alugá-los ainda é muito modesta, pois os proprietários residem na própria cidade ou num raio muito próximo, facilitando sua freqüência e dificultando a disponibilidade para aluguel.
v Alimentos e bebidas
Esta área concentra restaurantes self-service (5) e pizzarias (cerca de 10), com destaque para a tradicional pizzaria Roda Viva, há mais de 30 anos no mercado e que até hoje atrai pessoas da cidades vizinhas (Lins e Araçatuba).
Os bares e lanchonetes estão concentrados ao longo da “Avenida” – point dos finais de semana. Devido ao clima quente, há inúmeras sorveterias, espalhadas pelo centro e bairros da cidade.
v Lazer e esporte
A cidade dispõe de ótimas praças esportivas como:
Ø 2 Ginásios Poliesportivos
Ø 1 Estádio Municipal
Ø 1 Centro de Lazer (c/ quadra coberta)
Ø 1 Parque Aquático
O Parque Municipal Maria Chica é um espaço bastante utilizado para caminhadas por pessoas de diversas faixas etárias.
Os clubes particulares são outra opção para a prática de atividades esportivas, de lazer e recreação. São eles:
Ø Clube Penapolense
Ø Clube de Campo Lago Azul
Ø Clube Corinthians
Ø Clube de Pesca Salto do Avanhandava
Ø Boite Milenium
Ø Boliche
Há também 2 pesque-pague próximos à zona urbana. A pesca é uma atividade muito apreciada pela população, que a pratica em diversos lugares, tanto no clube de campo Lago Azul, como sobre as pontes dos rios Bonito, Lajeado e Tietê (fotos na página seguinte).
v Agenciamento
Há três agências de turismo (emissivas).
v Outros serviços
· Agências Bancárias – Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa Nosso Banco, Banespa, Bradesco, Itaú, Real, HSBC Bamerindus.
· Concessionárias - Ford, Wolkswagem, Fiat e General Motors.
ASPECTOS TURÍSTICOS
1. Condições Naturais
Situa-se na Bacia Sedimentar do Paraná, no baixo curso do rio Tietê, nos domínios do Planalto Ocidental. Da extensa sequência de rochas ígneas e sedimentares que constituem a Bacia, apenas os grupos São Bento e Bauru, do mesóico, ocorrem na região.
Do Grupo São Bento (Triássico-Cretáceo), que no estado de São Paulo é representado pelas formações Pirambóia, Botucatu e Serra Geral, apenas esta última ocorre no município. Os derrames basálticos da formação da Serra Geral constituem o embasamento do Grupo Bauru, que domina a área do município.
O rio Tietê é um rio primitivo, que cruza todo o estado de São Paulo, com direção geral SE-NW, desaguando no rio Paraná. O município de Penápolis situa-se na área do baixo curso do rio Tietê, inserido dentro do chamado Planalto Ocidental, que comporta relevos monótonos e morretes, com destaques para os relevos de colinas amplas.
Os solos predominantes são profundos, com mais de 7 m, apresentando teor médio de areia (grossa e fina) superior a 70%. O teor de argila e a cor vermelha (latosol vermelho escuro) aumentam conforme a maior profundidade deste solo. Apresentam uma boa drenagem, baixa fertilidade e exigem emprego constante de corretivos, fertilizantes e adoção de cuidados para se controlar os processos erosivos.
Nas área mais baixas, compreendidas pelas várzeas, margens dos córregos, rios e ribeirões, encontram-se os solos hidromórficos, que são encharcados, com lençol freático bem elevado e PH ácido.
O clima, segundo a classificação de Koeppen, é tropical alternadamente seco e úmido, onde as massas tropicais atuam durante 50% do ano.
A temperatura média anual é de 23ºC. A estação quente ocorre entre os meses de outubro a abril e apresenta temperatura média mensal de 25ºC. O mês de temperaturas mais elevadas é fevereiro com 31ºC e, o mais frio é junho com 14ºC.
A preciptação média anual é de 1.035 mm, destacando-se janeiro como o mês mais chuvoso (média mensal de 236 mm) e o mës de julho, o mais seco (média mensal de 17 mm).
A umidade relativa do ar está entre 77% (janeiro) e 67% (agosto/setembro).
A insolação é bastante homogênea ao longo do ano, destacando-se julho (266 horas), como o de maior insolação média e, dezembro (207 horas), como o de menor insolação.
Os ventos predominantes apresentam direção sudeste (32%) e leste (24%), sendo estes os que possuem as maiores velocidades médias (2,9 e 3,1m/s, respectivamente).
v Vegetação
O ecossistema predominante é o cerrado, mas há espécies típicas da mata atlântica. A vegetação é herbácea e arbustiva. Entre as espécies pioneiras e secundárias encontram-se: angico (branco, preto e vermelho); ipê (felpudo, rosa, roxo, roxo-comum); jacarandá-da-bahia; jatobá; aroeira (branca, vermelha); peroba rosa, paineira, sapucaia e outras.
v Fauna
Devido ao intenso desmatamento ocorrido na região, há pouca concentração de fauna, mas é possível encontrar nas áreas preservadas algumas espécies como macacos. Observa se alguns pássaros como bem-te-vi, beija-flor e outros. Nas áreas próximas aos rios há belas garças. Quanto aos peixes, há tucunarés, tilápias, corvinas, lambaris, piranhas etc.
v Recursos hídricos
O trecho inferior do rio Tietê, compreende a área do rio entre a barragem de Promissão até a sua desembocadura no rio Paraná. Todo este trecho tem um extensão de 240 km, com declividade média de álveo de 0,45m/km, envolvendo uma área de drenagem de cerca de 13.855 km2.
Na margem esquerda, sítio de localização do município, destacam-se o ribeirões dos Patos e Lajeado, que desaguam na represa de Nova Avanhandava, sendo este último manancial de abastecimento do município. Sua extensão é de 38,5 km e a área total de sua bacia é de 43.000 há.
O ribeirão do Lajeado, a jusante da captação de água para Penápolis até a confluência com o ribeirão Bonito, enquadra-se dentro dos padrões da Cetesb, na classe 3, por sub-bacia característica, o que significa que tem “aguas destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional, à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras, e à dessedentação de animais”.
A temperatura e balneabilidade da água são propícias ao aproveitamento para lazer e recreação, principalmente no período de outubro a abril – época da estação quente.
v Paisagem
Paisagem é a expressão visual do meio e a “fisionomia ou o aspecto visual do meio é fator decisivo para a valorização da paisagem” (Midaglia, 1995:135).
A área em estudo apresenta uma paisagem onde a interferência humana é um elemento preponderante. Historicamente, a região foi ocupada por indígenas e, no início deste século, pelos cafeicultores. A ferrovia foi a “locomotiva” para o surgimento e desenvolvimento de várias cidades na região noroeste, entre elas Penápolis. Warrem Dean, na sua obra A ferro e fogo – a história da devastação da mata atlântica, descreve com detalhes os impactos causados pela cultura cafeeira no meio ambiente e, em particular, a esta região do estado de São Paulo:
“O crescimento do café se irradiou para noroeste, acompanhando a extensão da floresta primária rumo ao rio Paraná. As vias férreas, que logo passaram a ser financiadas pelos próprios cafeicultores, acompanhavam essa derrubada (...) A nova região cafeeira, o oeste paulista, começou a produzir quando o Vale do Paraíba e a zona da Mata de Minas Gerais entraram em decadência terminal (...) Queimar e derrubar amplas faixas de floresta primária também tinha o efeito de isolar o café de potenciais agentes polinizadores” (Dean,1996:232,234).
Com a decadência do café, a região sofreu um processo de estagnação e acabou por absorver a monocultura canavieira, também responsável pelo empobrecimento da paisagem e, mais do que isso, por constantes processos de assoreamento e erosão. A situação crítica do ribeirão Lajeado, manancial de abastecimento público do município, levou os municípios de Alto Alegre, Barbosa e Penápolis à unirem forças para salvar o ribeirão. Em 1.992, com apoio técnico da Cesp, nascia o Consórcio Intermunicipal de Recuperação da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Lajeado.
O Consórcio foi estruturado em duas vertentes básicas – a vertente técnica e a vertente comunitária. A vertente técnica executa trabalhos de conservação do solo, curvas de nível nas propriedades rurais e reflorestamento das áreas degradadas, com o plantio de mudas de espécies nativas próximos aos cursos d’ água. A vertente comunitária realiza trabalhos de sensibilização e conscientização dos proprietários rurais, além da educação ambiental junto às escolas de primeiro grau através do Centro de Educação Ambiental.
A parceria com importantes instituições como Fundação SOS Mata Atlântica, Flora Tietê – associação pioneira no Estado na área de produção de mudas para recuperação florestal – e Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), contribuiu para o reconhecimento do trabalho do Consórcio, premiado, em 1.997, pelo programa Gestão Pública e Cidadania – Fundação Getúlio Vargas / Fundação Ford como um dos vinte melhores do país.
2. Recursos Culturais
Penápolis é considerada Pólo Cultural da Região Noroeste devido a um conjunto de fatores, entre os quais o expressivo número de equipamentos culturais de reconhecida importância, inclusive em âmbito nacional, como é o caso do Museu do Sol – 1º Museu de Art Naif da América Latina. Os demais equipamentos e serviços são:
Ø Museu Municipal do Folclore
Ø Museu Histórico e Pedagógico
Ø Museu de São Francisco (acervo encontra-se na reserva técnica)
Ø Galeria Itaú Cultural
Ø Centro Cultural 1ª Casa – Patrimônio Histórico
Ø Biblioteca Municipal
Ø Teatro Municipal
Ø Escola Municipal de Teatro
Ø Ballet Municipal
Ø Banda Municipal
Os principais eventos do Município são:
Ø Torneio de Futsal (janeiro)
Ø Caia na Avenida – Carnaval Popular
Ø Festa Junina Popular – Festa do Interior (junho)
Ø Festa do Peão Boiadeiro (setembro)
Ø Fexpopen (outubro)